segunda-feira, 3 de junho de 2013

Sinto-me estranho.

Sinto-me como um lobo
que, pela noite, rasga a neblina.
À procura de algo novo
Descobrindo aos poucos, o que esconde a cortina.

Pela noite onde não vejo ninguém,
protegido pela lua,
corro pelo bem
com a alma toda nua.

De dia aborrecido,
é de noite que decido.
O arrependimento é repetido,
mas julgamento, só depois de ter morrido.

Enquanto isso corto o vento,
aguardo pelo dia,
a noite é só mais uma fase
a mais misteriosa e fria.

Tomar, 3 de Junho de 2013
Ricardo Sodré

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